A deputada estadual Simone Pereira (MDB) participou do Summit Eleições 2024, em Teresina, como palestrante, dia 26 de abril. A parlamentar falou sobre “Protagonismo das Mulheres nas Eleições 2024”. No mesmo painel estava a ex-vice-governadora do Piauí e ex-deputada federal, a advogada Margarete Coelho.
O Summit Eleições é a maior série de eventos sobre a indústria eleitoral do Brasil. E foi realizado dias 25 e 26 de abril, no auditório Desembargador Brandão de Carvalho, no Tribunal de Justiça do Piauí.
“Eu acho que é um momento de reflexão. A gente tem que fazer uma análise bem real do que de fato tem acontecido. Assumirmos a culpa também quando há alguns espaços que nos são mostrados e nós, muitas vezes, não ocupamos esses espaços. E entender por que embora sejamos a maioria da população, somos 53% do eleitorado, um número tão pequeno de mulheres estão, hoje, participando nos locais de poder e de decisão. E a questão da maior incoerência: as cotas são para minorias e nós mulheres somos maioria e estamos incluídas dentro das cotas. Então, a gente precisa avaliar porque que isso de fato acontece”, avaliou a deputada Simone.
A deputada acredita que falta conscientização da própria mulher de entender que é necessário que mulheres estejam em espaços de decisão para que se possa de fato efetivar políticas que são importantes no dia a dia da mulher. “Se a gente analisar bem, recentemente, foi aprovado pelo Congresso Nacional a equiparação salarial, ou seja, trabalho igual, salário igual. Será que essa seria uma discussão que seria puxada por homens? Com certeza, não. A questão do absorvente gratuito... Quantas adolescentes deixavam de ir para a escola no período menstrual por não ter acesso aos absorventes? E, hoje, essas meninas, essas mulheres, que não tem condição financeira, estão em situação de vulnerabilidade social recebem gratuitamente esses absorventes. A gente tem dos 8 milhões de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, 90% estão no nome de mulheres. Por quê? Porque existe uma condicionalidade e uma prioridade para que as mulheres que são mães solteiras, que são chefes de família elas possam ter a casa no seu nome. Ou seja, ainda temos várias medidas de proteção à mulher. A Lei Maria da Penha, que já foi reformulada em alguns itens com relação a medidas protetivas. Ou seja, existem inúmeras políticas de proteção à mulher. Mas o que falta? Falta a mulher compreender que é necessário que nós estejamos nos espaços de decisão, nos espaços de poder para que a gente possa avançar. Avançamos? Inegavelmente avançamos, mas ainda tem muito que se avançar”, explicou Simone Pereira.
